Rótulos inéditos da Founders no Brasil

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Novas delicinhas da cervejaria americana Founders estão chegando pela primeira vez ao Brasil. Vindas em esquema de cadeia refrigerada, importadas pela Beer Concept, o frescor e qualidade das cervejas  estão garantidos. Isso é ótimo porque, depois de um começo quase que falido, vinte anos depois, a Founders hoje é conhecida e respeitada no mundo todo pela qualidade de seus produtos. É uma cervejaria que mantém um preço razoável e você pode confiar e vai gostar de qualquer estilo que você experimente.

Alguns rótulos são reposição do que a Beer Concept já tinha importado para o Brasil, mas outros são absoluta novidade por aqui. Experimentamos sete rótulos que variaram entre chope e garrafa. Todas ótimas e frescas, mas para mim a campeã foi a Sumatra Mountain Brown.

FOUNDERS GREEN ZEBRA (Série Limitada)
A única representante da série limitada disponível no Brasil até o momento. Ela é uma versão melhorada da Watermelon Gose que já veio para o Brasil em chope pela Beer Concept. Feita para ajudar o ArtPrize, competição de arte que acontece em Grand Rapids, Michigan, onde fica a fábrica da Founders. Produzida com melancia e sal marinho. Para mim, ficou um resíduo um pouco artificial na boca, mas é muito fresca e excelente para nosso eterno verão.

Estilo: Gose
ABV: 4,6%
IBU: 10
Formato: Lata (355ml) e Chope

FOUNDERS 10K IPA (Série exclusiva do Taproom da cervejaria)
Essa cerveja nasceu de uma aposta dentro da Founders. O mestre cervejeiro, Jeremy Kosmicki, recebeu um desafio do dono da cervejaria de reproduzir uma das melhores IPAs do mundo, a famosa Pliny The Elder, da cervejaria norte-americana Russian River.
O prêmio seria de U$10,000! Jeremy afirmou que nunca recebeu esse valor, mas os visitantes do taproom da Founders puderam experimentar uma incrível IPA! Uma experiência sensacional para quem gosta do estilo e nunca pode beber uma cerveja tão fresca e com seus lúpulos tão conservados.

Estilo: IPA
ABV: 9,2%
IBU: 86
Formato: Chope
Untappd: 3.97 (0-5)
Rate Beer: 93

BACKWOODS BASTARDS
Uma Scotch Ale envelhecida em barris de carvalho que antes armazenavam bourbon. Em sua receita leva pimenta da terra e apresenta fortes notas de scotch single malt, bourbon, caramelo e torra.
Estilo: Scotch Ale
ABV: 11,2%
IBU: 50
Formato: garrafa

DOOM (Barrel Aged Series)
Uma Imperial IPA envelhecida em barris de bourbon. Notas de baunilha e carvalho presentes, sem perder a característica de uma IPA. Se bebida muito gelada, um retrogosto forte de álcool, mas corrigido este problema é uma cerveja agradável. Para pequenos goles.
Estilo: Imperial IPA
ABV: 12,4%
IBU: 100
Formato: Garrafa (355ml) e Chope
Untappd: 4.02 (0-5)
Rate Beer: 98

DKML (Barrel Aged Series)
Novidade da Founders na linha Barrel Aged Series, que se junta com clássicos da Founders como KBS, Backwoods Bastard, Doom e Frootwood. Um estilo desprezado por muitos mas não pela Founders. Passou por um dry hopping e depois ficou envelhecendo em barricas.
Não brinque com esta cerveja. Com este teor alcoólico ela chega a ficar doce ainda em nossa boca! 
Estilo: Imperial Malt Liquor
ABV: 14,2%
IBU: 38
Formato: Garrafa (355ml) e Chope
Untappd: 3.71 (0-5)
Rate Beer: 100 (TOP 50)

SUMATRA MOUNTAIN
Uma Imperial Brown Ale feita com adição de café da Sumatra. Equilíbrio perfeito entre amargor e dulçor, um copo desta cerveja é experiência inesquecível.
ABV: 9%
IBU: 40
Formato: garrafa e chope

Além desses rótulos, destaque também para a reposição da deliciosa e refrescante ALL DAY IPA, que chega em garrafa, chope e latão; a RUBAEUS, uma fruit beer incrivelmente rosa que lembra um mergulho na piscina e a CENTENNIAL IPA, preferência da casa também, que veio em formato de chope.

 

 

Que tal beber uma Marx? Prefere Trotsky?

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A cervejaria Tito Bier nasceu no bairro paulistano conhecido como Vila Romana, perto da Rua Tito, em 2012, tendo como “pais” Claus Lehmann e outros amigos. Vini Marson fazia cerveja também e resolveu encontrar com Claus e juntaram as forças. Conversaram, tentaram receitas, tudo muito experimental na raça e na panela.

Lá pelas tantas, um amigo pediu uma cerveja especial para o seu aniversário. Sendo um cara de esquerda, resolveu tirar com os amigos e pediu uma cerveja vermelha. Claus e Vini criaram a Marx, uma IPA com seis maltes bem presentes e o uso de três lúpulos clássicos: Summit, Chinook e Citra. Para equilibrar o amargor usaram caramelo. O resultado é uma IPA encorpada e avermelhada homenageando o revolucionário pensador.

A receptividade foi boa e eles começaram a pensar em crescer. Entra em cena o amigo Guará que, sim, é de Guaratinguetá e começa a trabalhar no Excel, como ele mesmo se define. Criam um logo para a Tito Bier. Chamam a amiga Ciça Pinheiro para criar os rótulos e pronto passa um ano e o amigo faz aniversário de novo.

Nova encomenda feita, Claus e Vini criam a Trotsky, uma American Irish Red Ale que tem o lúpulo Columbus em seu sabor e o Amarillo em seu aroma. Cabe aqui dizer que Claus e Vini vão de encontro ao extremo uso de lúpulos. Usam o amargor, mas trabalham com malte para que a cerveja feita por elas não seja radical amarga e sim equilibrada. Uma opção, um gosto. Apenas isso. Sem grandes discursos incendiários de ser contra ou a favor do uso extremo do lúpulo. Eles gostam de receitas clássicas com uma leve bagunçada, como eles mesmo se definem.

Para fazer a Trotsky eles entraram no Social Beers, um crowfunding de cerveja e o sucesso foi total. Hoje produzem 2 mil litros dos dois rótulos – Marx e Trotsky – na Cervejaria Dádiva. Portanto, são o que chamamos de ciganos, cervejeiros que têm receitas e rótulos, mas não possuem fábrica.

O próximo lançamento é a Goethe, uma Kölsch que é uma receita tipica da cidade alemã de Colonia (Koln). Ela leva 100% de malte Kölsch e lúpulo alemão Hallertau. O resultado é uma cerveja leve, refrescante e tão alemã em sua receita que leva o nome do poeta Goethe, fugindo da brincadeira dos nomes russos.

A Tito Bier faz sua própria distribuição em cadeia refrigerada (a cerveja sai da fabrica e chega ao bar sem sair da geladeira e do ar condicionado a 15°C) e, por enquanto, está presente em São Paulo, Vale do Paraíba (dá-lhe, Guará!) e Rio de Janeiro.

Boa sorte à Tito Bier e que ela continue com o espirito do início quando Claus e Vini falavam que a Tito não era uma banda, mas era de garagem.

 

Saúde aos Campeões \o/

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Mondial 2016

O segundo dia do Mondial de la Bière movimentou o Boulevard Olímpico, no Píer Mauá. O destaque ficou por conta do anúncio dos melhores rótulos de cerveja do ano eleitos pelo concurso MBeer Contest, totalizando 13 medalhas de ouro e uma de platina. Os vencedores foram escolhidos por um júri de peso, com nomes internacionais e brasileiros, através de degustação às cegas. A cerimônia contou com a presença do presidente da GL Events no Brasil, Arthur Repsold.

A cervejaria Backer levou a medalha de platina, com a Bravo, uma Imperial Porter.

As medalhas de ouro foram para as cervejas:

- Noi Cioccolato da Cervejaria Noi;

- Hopi da Cervejaria Mistura Clássica;

- Wals Niobium da Wals Cerveja Arte;

- Hazy da Cervejaria OverHop;

- Wals Cuvéé Carneiro da Wals Cerveja Arte;

- Pazion da Zalaz;

- DarkHop da Cervejaria OverHop;

- Cacau Wee da Bodebrown;

- #TBT cerveja colaborativa das Cervejarias 3 Cariocas e 2 Cabeças;

- Wals Dubbel da Wals Cervejaria Arte;

- India White Ale da Three Monkeys Beer;

- Canudos da O Motim;

- Cerveja Mafia New York da Cervejaria Serra Verde Imperial.

 

O júri foi composto pelos brasileiros Gabriel Di Martino (mestre cervejeiro), Daniel Martins (sommelier de cerveja), José Honorato (sommelier de cervejas), Pedro Barcellos Teixeira (sommelier de cervejas), Daniel Wolff (sommelier de cerveja) e Douglas Mendes Merlo (sommelier de cervejas), pelo canadense Alex Ganivet-Boileau (mestre cervejeiro), pelo americano Neill Acer (mestre cervejeiro), pelo italiano Simonmattia Riva (sommelier de cerveja) e pela francesa Élisabeth Pierre (cervejeira especialista independente).

O Mondial de La Bièrre segue até dia 16, domingo, levando verdadeiras multidões ao Pier Mauá, no Rio de Janeiro.

NATAL EM OUTUBRO

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Para o cervejeiro o verdadeiro Natal é em Outubro. Desde 1810 quando foi criada a primeira Oktoberfest em Munique, este mês é marcado por festivais, festas, promoções e lançamentos cervejeiros pelo mundo. Sem a pretensão de listar todos estes eventos, escolhi os dois mais importantes do Brasil nesta época do ano.

OKTOBERFEST
Inspirada na tradicional festa alemã que teve origem em 1810 em Munique, a Oktoberfest de Blumenau (SC) se tornou uma das festas mais populares do Brasil. Sua primeira edição foi em 1984 e teve o público de 102 mil pessoas, número que superava a metade da população local da época. Nos anos seguintes o evento atraiu o interesse de cidades vizinhas e consolidou Blumenau como principal destino turístico de Santa Catarina no mês de outubro. Apesar de ser famosa pelas cervejas, a festa é folclore, memória e tradição.

Durante seus 19 dias os blumenauenses mostram para todo o Brasil a sua riqueza cultural, revelada pelo amor à música, à dança e à gastronomia típica, que preservam os costumes dos antepassados vindos da Alemanha para formar colônias na região Sul. Em 2015 o evento contou com o público de 473 mil pessoas que consumiram 599.622 litros de cerveja. A expectativa para a edição atual é que o número de visitantes chegue a 600 mil pessoas.

Dentro da Oktoberfest várias atividades estão programadas. Entre elas, os turistas poderão aprender sobre cerveja em mini-cursos de até duas horas. Aulas de produção cervejeira e degustação serão realizadas na Escola Superior de Cerveja e Malte durante 14 dias do período da festa. As inscrições para os cursos de férias e o agendamento de visitas podem ser feitos através do site da ESCM  ou do telefone (47) 3380-5200.

Várias agências de turismo bolaram passeios para atender a demanda desta época do ano. Entre a propostas , que tal conhecer os roteiros Vale da Cerveja? Durante a 33ª Oktoberfest, o Blumenau e Vale Europeu Convention & Visitors Bureau e a Oktobertur promovem passeios pela região mostrando os principais atrativos e, é claro, as cervejarias. Cada dia da semana um passeio diferente. Já o passeio o Ciclo Bier  une duas paixões: bicicleta e cerveja artesanal. Em uma das regiões mais bonitas do estado de Santa Catarina, o Ciclo Bier é a maneira mais prazerosa e saudável de conhecer um pouco mais sobre processo de fabricação das tão renomadas cervejas de Blumenau e região. Outros passeios são também oferecidos no site da Oktoberfest
Serviço:
33ª OKTOBERFEST
De 05 a 23 de outubro
Parque Vila Germânica
Rua Alberto Stein, 199
Velha – Blumenau – Santa Catarina

MONDIAL DE LA BIÈRE
O Mondial de la Bière, no Rio de Janeiro, chega a sua 4ª edição. De 12 a 16 de outubro os armazéns 2, 3 e 4 do Pier Mauá, Zona Portuária, serão tomados por rótulos exclusivos, novos sabores, aromas e texturas. O espaço de 13 mil metros quadrados, 30% maior que no ano passado, possibilitará o aumento de expositores, maior área de alimentação e shows com muito mais conforto. A expectativa de público para 2016 é de 50 mil pessoas. Realizado anualmente em Montreal, no Canadá, e em Mulhouse, na França, o evento é considerado a porta de entrada para muitas indústrias de cervejas estrangeiras nos países de realização.

Com aproximadamente 120 expositores e mais de mil rótulos de cervejas especiais para degustação, o Mondial oferecerá em sua programação concurso, shows, Petit Pub – apenas com rótulos internacionais e inéditos – e a Beer Boutique, espaço dedicado à venda de garrafas de cervejas especiais para que os visitantes possam levar um pouco do festival para casa. Grandes mestres cervejeiros, personalidades e rótulos premiados já são presenças confirmadas.

O Mondial terá mais de 20 estandes de alimentação assinados por endereços como Aconchego Carioca, Hell’s Burguer, Hare Burguer, Boteco do Toninho e Ogrostronomia. Para a sobremesa, a Mil Frutas já garantiu a participação. Já as atrações musicais serão mais democráticas, com bandas de folk, jazz, reggae, rock e samba.

Entre muitas atividades propostas o Mondial de la Bière apresenta pela primeira vez o Bohemia Master Class. Palestras e debates acontecerão, paralelamente ao evento, nos dias 13 e 14 de outubro, no Hotel Vila Galé, na Lapa, Rio de Janeiro. Inscrições aqui

Desde sua primeira edição o Mondial é também um concurso de degustação profissional de cerveja, o MBeer Contest, que contará com um júri altamente qualificado de integrantes nacionais e internacionais. O MBeer Contest Brazil é uma competição inovadora, com avaliação baseada nas qualidades intrínsecas da cerveja. Sem categorias pré-definidas por estilo, os juízes – que farão as degustações às cegas – identificarão o estilo da cerveja e a avaliarão de acordo com o estilo identificado.
Serviço:
MONDIAL DE LA BIÈRE
De 12 a 16 de outubro
armazéns 2, 3 e 4 do Pier Mauá
Rio de Janeiro

 

Cerveja também é colecionável

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texto e fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

A demanda por cervejas artesanais vem crescendo em todo o mundo e, junto a ela, um mercado de acessórios e memorabilia vem à tona. Está sendo lançado aqui no Brasil o Beerflakes, uma espécie de clube ligado a todo este comércio que faz brilhar os olhinhos dos aficcionados. Quem não gosta de brincar que se apresente.

Cilmara Bedaque – O que é o Beerflakes?
Alexander Michelbach – Beerflakes é um serviço de assinatura que irá entregar mensalmente uma caixa com uma seleção de produtos relacionados ao universo cervejeiro. Camisetas, copos, taças, abridores, placas, meias e livros são alguns dos itens que estarão presentes. Cada caixa terá um tema, que orientará a escolha dos artigos e dará pistas ao assinantes do que esta por vir.

Cilmara Bedaque – No que o Beerflakes difere de outros clubes de cerveja?
Alexander Michelbach – Diferentemente dos clubes de cerveja, o foco principal são os artigos que possuem alguma relação à cultura cervejeira, como os relacionados acima. Alguns clubes enviam uma taça ou algum produto além das cervejas, no caso do BeerFlakes será basicamente o inverso, enviaremos os produtos selecionados e em casos especiais, como em lançamentos ou eventos poderemos incluir uma cerveja, mas não será algo fixo.

Cilmara Bedaque – Como faz para ser sócio do Beerflakes e quanto custará ao mês?
Alexander Michelbach – Estamos na fase de pré‐lançamento e nos bastidores em contato com dezenas de fornecedores no Brasil e exterior, para expandir nossa base de fornecimento. Inicialmente teremos um número limitado de assinaturas disponíveis, para oferecer a melhor experiência possível aos membros. Para ficar informado sobre lançamento, valores e o primeiro tema, os interessados podem acessar nosso site www.beer‐flakes.com e realizar o pré‐cadastramento , algo simples e rápido. (Após esta entrevista ser realizada algumas coisas foram definidas: o tema de lançamento será I Love Lúpulo, a mensalidade R$82,90 e um plano trimestral com um prêmio adicional.)

Cilmara Bedaque – E se eu, como associada, não gostar do material selecionado?
Alexander Michelbach – Teremos disponível no site, na área de suporte/faq, as condições para troca assim como outros sites de e‐commerce e assinatura, cada caso será analisado individualmente. Planejamos ainda, caso seja também confirmado o interesse pelos assinantes, oferecer eventos de troca, onde assinantes poderão trocar artigos cervejeiros, que vieram na caixa ou não, além de criar um network durante a desgustação de boas cervejas.

Cilmara Bedaque – Você tem, como exemplo, algum pacote que pode ser oferecido?
Alexander Michelbach – Cada edição do BeerFlakes conterá de 4 a 6 diferentes produtos, o que pretendemos aumentar com o tempo à partir do aumento do número de assinantes. Materiais de divulgação como cupons de desconto, ingressos, não serão considerados produtos como uma camiseta ou taça. Estamos no momento finalizando as negociações de alguns artigos, mas podemos já informar que serão itens que muitos apaixonados por cerveja gostariam de ter, mesmo porque esta é uma de nossas premissas, enviar somente itens que nós também gostaríamos de receber.

Cilmara Bedaque – Você já tem experiência com produtos ligados à cerveja. Fale sobre o Brewce e o Beertone.
Alexander Michelbach – Depois do lançamento de alguns produtos voltados ao meio cervejeiro, como o Brewce Hophead, e inicialmente o Guia Beertone, que já estão no mercado há algum tempo, notamos que existia uma lacuna na utilização deste modelo de negócio, clube de assinaturas, voltada para os produtos cervejeiros e depois de meses em planejamento decidimos colocar em prática. Trabalhamos de forma constante nos últimos meses no desenvolvimento do BeerFlakes, com pesquisas de produtos, contato de fornecedores no Brasil e Exterior para oferecer tudo isso aos assinantes. O mercado de cerveja é algo muito dinâmico, diariamente lançamentos são apresentados e com o BeerFlakes iremos manter esta dinâmica e levar ao público o que há de melhor em produtos da cultura cervejeira, todos os meses. Muita coisa boa está por vir.

O Lupulinas como apreciador de gadgets ligados à cerveja deseja boa sorte e longa vida ao BeerFlakes.

 

 

E a Founders descobriu o Brasil…

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Founders

texto e fotos:> Cilmara Bedaque e divulgação

A degustação dos novos rótulos da Founders Brewery que a importadora Beer Concept está trazendo ao Brasil foi acachapante. Tivemos o privilégio de degustar as clássicas All Day e Centennial nas suas versões em garrafa e lata para efeito de comparação e também outros tantos rótulos já conhecidos por aqui e outros nunca importados. A importadora está trazendo a Founders em cadeia fria (refrigerada desde sua saída da fábrica em Grand Rapids, Michigan, Estados Unidos).

Primeiramente, bebemos a All Day IPA em lata e garrafa e, reavaliem seus preconceitos, a versão em lata estava bem mais conservada em seu aroma , gosto e frescor de lúpulo do que a engarrafada. A All Day é um rótulo forte da Founders que  junta a leveza de uma Session Beer com a potência dos lúpulos de uma American IPA. Depois comparamos a lata e a garrafa da Centennial que é outro rótulo consagrado da cervejaria. A Centennial é uma das IPAs mais equilibradas do mercado e, novamente, a em lata estava mais saborosa, aromática e com seu inconfundível creme maravilhosamente preservado.

No mesmo container vieram estes rótulos nunca dantes vistos no Brasil:

DEVIL DANCER – Assim como a KBS, essa faz parte do seleto time de edições limitadas da Founders. Quando você dança com o diabo, o diabo não muda, você muda! Incrível complexidade, enorme quantidade de malte em equilíbrio com uma quantidade insana de lúpulos. Produzida com dez variedades de lúpulo, bem seca e alcançando 112 IBUs.
Estilo: Imperial IPA
ABV: 12%
IBU: 112
Formato: Garrafa 330ml
Rate Beer: 99

SUMATRA MOUNTAIN BROWN – Da série especial da Founders, chega essa Imperial Brown Ale com malte caramelo para a doçura, cevada em flocos para uma espuma densa e malte chocolate para uma coloração profunda. E com adição do café Sumatra, ela fica perfeitamente equilibrada com um nível de qualidade absurdo.
Estilo: Imperial Brown Ale
ABV: 9%
IBU: 40
Formato: Garrafa 330ml
Rate Beer: 99

PORTER – No aroma é possível sentir um doce com chocolate forte e presença de malte caramelo. No paladar é possível sentir tudo o que uma ótima Porter oferece, aveludada e muito acolhedora. Uma das Porters mais reverenciadas no mundo.
Estilo: Porter
ABV: 6,5%
IBU: 45
Formato: Garrafa 330ml
Rate Beer: 100

RUBAEUS – Com o sabor de framboesas frescas, Rubaeus é a forma que a Founders encontrou de celebrar as alegrias do verão durante todo o ano. Avermelhada, procura combinar o doce, o azedo e o refrescante.
Estilo: Fruit Beer
ABV: 5,7%
IBU: 15
Formato: Garrafa
Rate Beer: 89

BLUSHING MONK – É quase que uma evolução da Rubaeus. É fabricada com uma quantidade ridícula de framboesas e uma cepa de levedura belga. Uma cerveja de sobremesa para ser apreciada com queijos, frutas e bolos. Seca e deliciosamente ácida. Como diz o nome é pra corar o monge com seu alto teor alcoólico.
Estilo: Fruit/Vegetable Beer
ABV: 9,2%
Formato: Garrafa 600ml
Rate Beer: 92

MANGO MAGNIFICO – Ideal para o verão esta arrojada cerveja é uma Fruit Beer com características especiais. Manga e Habanero estabelecem um equilíbrio que dão uma complexidade especial para esta cerveja. A pimenta aumenta a profundidade no paladar.
Estilo: Fruit/Vegetable Beer
ABV: 10%
Formato: Garrafa 600ml
Rate Beer: 90

DIRTY BASTARD – Fabricada com sete variedades de maltes importados, complexa em acabamento, notas defumadas e um “punch” de lúpulo para um final complexo!
Estilo: Scotch Ale
ABV: 8,5%
IBU: 50
Formato: Garrafa 330ml
Rate Beer: 98

KBS (Kentucky Breakfast Stout) – Ela é tão celebrada nos Estados Unidos que ganhou uma semana inteira só dela, o KBS Week, que acontece todo ano em alguns poucos bares, devido ao lote limitado da cerveja. Uma Imperial Stout com 12,4% ABV, 70 IBUs, produzida com uma enorme quantidade de café e chocolate, envelhecida por 1 ano em barris de Bourbon. Uma celebração à criatividade humana.
Estilo: Imperial Stout
ABV: 12,4%
IBU: 70
Formato: Garrafa 330ml
Rate Beer: 100

A Founders Brewing foi criada por Dave Engbers e Mike Stevens. O início da cervejaria foi bem turbulento, com produções medianas e de pouco impacto, decretando quase a sua falência. Foi então que resolveram mudar sua postura, criar cervejas incríveis e não mais pensar em apelo apenas comercial. Foi com essa filosofia que a Founders começou a crescer e não parou mais. Nos últimos cinco anos foi nome constante na lista das melhores cervejarias do mundo e com vários rótulos entre as 100 melhores, pelo conceituado site Rate Beer.

Esta degustação que fizemos fez parte do KBS Day pela primeira vez realizado no Brasil. A festa ocorre anualmente em Grand Rapids, nos EUA, cidade natal da cervejaria, para celebrar a icônica KBS, que sempre aparece na lista das melhores do mundo.

A nova Cervejaria Avós nasce com o carinho de Vó

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texto: Cilmara Bedaque
fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

A nova Cervejaria Avós lançou seus dois primeiros rótulos aqui em São Paulo e aproveitei para levar um papo com Junior Bottura, sócio-fundador da bem humorada marca.

Lupulinas – Júnior, antes de abrir a Cervejaria Avós, você passou por uma boa experiencia como cervejeiro caseiro ou como chamamos “paneleiro”. Conte quanto tempo esta fase durou e qual a importância que teve pra você.
Júnior – Sim, na verdade foi tudo muito rápido, passei 2 anos brincando com as panelas antes de decidir montar o plano de negocio da Avós. Comecei assistindo tutoriais no youtube e produzindo no fogão da cozinha. Era uma panelinha de 5 litros e, depois de alguns meses, decidi estudar de verdade. Fiz alguns cursos curtos que me abriram a cabeça e me deram coragem para investir em um equipamento de 50 litros, ai as receitas começaram a ficar mais elaboradas. Em setembro do ano passado iniciei o curso técnico do Instituto da Cerveja Brasil e em fevereiro comecei a produzir na Cervejaria Dádiva as duas primeiras receitas da marca.

Lupulinas – Sabemos que lançar comercialmente uma cerveja envolve muitos custos e total dedicação. Explique , por favor, pros nossos leitores estas dificuldades e o que é uma cervejaria cigana.
Júnior – A maior dificuldade é entender a barreira entre paixão e business. Depois é conseguir abrir portas sendo novo no mercado, venho da publicidade e o território das micro cervejarias era totalmente novo para mim. O que fiz foi me jogar nesse mundo, comecei lendo muito e depois fui para a rua, bares, eventos com o objetivo de conhecer gente. É ai que os ciganos se surpreendem e aprendem que produzir talvez seja a parte mais fácil do todo. A burocracia de abrir empresa, fazer os registros, construir sua marca e principalmente montar sua cadeia de distribuição, consomem muito mais do que a produção. Ter uma cerveja feita em casa que seus amigos e familiares te elogiam quando bebem é o fator que impulsiona o cigano a se arriscar na indústria, mas os fatores que farão você se estabelecer e prosperar são outros e bem mais complexos.
As cervejas ciganas possuem suas receitas, marcas e contratos de distribuição, e terceirizam a produção em fabricas que tem capacidade produtiva ociosa, ou já abriram pensando nesse modelo de negocio. Ao invés de investir em equipamento e construção, alugamos a diária de brassagem/envase e o período que a cerveja fica no tanque. Normalmente os contratos são curtos e o termo cigano acontece porque as cervejas podem ser produzidas em fabricas distintas.

Lupulinas – Qual o conceito que existe no nome da Cervejaria Avós?
Júnior – Eu tive a felicidade de conhecer e conviver com todas as minhas avós e bisavós, e também com 5 dos avôs e bisavôs, não apenas conheci um deles. Isso foi algo que me marcou muito e aos 15 anos, depois da morte da minha avó paterna, passei a escrever minhas lembranças com elas. Quando comecei a pensar na marca da minha cerveja, queria algo que fosse verdadeiro e que de alguma forma transmitisse o cuidado e o carinho com as receitas. Foi ai que minha esposa lembrou de todas as estórias com as “véinhas” e resolvi resgatar. Comecei a produção comercial com dois rótulos que homenageiam em vida , os dois lados da personalidade da minha avó Maria: uma India Pale Ale, batizada de Vó Maria, a baixinha porreta, o nome brinca com a personalidade forte da Vó Maria, que fala o que pensa. Ela é singular, explosiva e feliz. Ou seja, porreta. Além de tudo, ninguém sabe sua verdadeira idade. Ela tem 3 registros com 10 anos de diferença entre eles! Fiz também uma Hoppy Lager chamada de Vó Maria e seu lado Zen ,pois ela também tem seu lado meigo, que não deixa a idade impossibilitar descobertas. Ela pratica ioga 3 vezes por semana, e nessa atmosfera zen, concatena ideias e acalma seu lado impulsivo.
Tenho mais 4 receitas de panela ,ainda em teste, para serem lançadas.

Lupulinas – A idéia e oconceito visual da Avós são muito bem resolvidos. Quais são as pessoas envolvidas neste processo?
Júnior – Sim, e o fato de trabalhar no meio publicitário contribuiu, os amigos se juntaram e resolveram transformar as minhas estórias em arte, tem bastante gente envolvida: Estácio Rodrigues que foi parceiro e consultor o tempo todo, o ilustrador é o Marlos Lima, os diretores de arte são Vinicius Pegoraro e Carol Santos, o redator que transformou meus textos é o Joao Caetano e o idealizador de tudo é o Alexandre Pagano, artes finais são do Rafael Souza, e ainda tive a contribuição do produtor gráfico Roberto Nucci, e do fotografo Christian Madrigal. Fora minha esposa e meus amigos que tiveram que me aguentar pedindo palpite.

Lupulinas – Quem é o mestre-cervejeiro responsável pelos variados estilos da Avós?
Júnior – É o Victor Marinho, foi ele que transformou minhas receitas caseiras para a indústria, um trabalho impecável, o Victor foi um dos caras que comprou a ideia desde o inicio e me ajudou muito.

Lupulinas – Fale um pouco sobre os dois estilos lançados pela Avós e quais serão os próximos.
Júnior – Nossa Hoppy Lager, é refrescante, tem amargor sutil e aromas com notas cítricas e frutadas. Uma cerveja leve, fácil de tomar mas que tem personalidade marcante na boca e no nariz. A IPA tem um amargor intenso mas bem equilibrado, aroma cítrico que remete a frutas amarelas como maracujá e manga, no final, logo depois do amargor vem um dulçor bem agradável.
A próxima será uma Wit bier, com o nome de Vó Ana, a matrona. Queremos tentar fazer algo diferente dentro do estilo mas ainda não acertamos 100%.

Lupulinas – A logística de distribuição dos produtos é complicada. Quais estados brasileiros conhecerão a Avós?
Júnior – Temos cadeia 100% refrigerada, isso contribui muito para o resultado final do produto, porem, complica um pouco o transporte. Nossa ideia é focar primeiro em São Paulo, Rio de Janeiro, depois Minas Gerais, ainda não temos plano de passar disso. Estamos negociando com alguns clubes de cerveja para mandar a IPA que tem uma estabilidade boa, a Lager não temos a intenção de expandir de imediato, pois precisaria de uma pasteurização forte e temos medo de comprometer muito.

Lupulinas – Pra terminar, qual dica você daria pra quem está começando a fazer sua própria cerveja?
Júnior – Vai estudar, estude muito e eu falo porque ainda acho que fiz pouco. Vai estudar mais sobre o processo produtivo, estude muito e diversifique sua fonte, tem muita coisa errada sendo ensinada por ai, muita mesmo. E caso goste muito e queira seguir com isso como negócio, continue estudando para entender as particularidades do mercado, toda a parte burocrática e fiscal, as dinâmicas de venda, os modelos de operação logística e distribuição.

 

Growler: seu chope preferido onde você quiser

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texto: Cilmara Bedaque

fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

Há umas semanas atras publiquei a foto de um growler e percebi que poucos sabem o que é isso. Apesar de ser uma coisa bem simples, o nome em inglês assusta e dispara preconceito entre muitos. A droga é que não existe uma boa tradução para o português (aceito sugestões). Mas vamos ao ponto.

O growler é um recipiente em forma de jarra que pode ser feito em cerâmica, vidro ou aço com uma boa tampa vedadora que serve para transportar chope do bar para casa. Normalmente ele tem 2 litros, mas existem growlers de tamanhos variados e formas inusitadas. Sua tampa permite a conservação de seu chope preferido em casa até uma semana na geladeira.

O uso do growler nos Estados Unidos, entre os cervejeiros artesanais está bem difundido. Todo bar ou fábrica de “craft beer” tem seu growler personalizado. Além de poder contar com o conforto e o momento certo de beber seu chope preferido em casa, normalmente os bares fazem um preço melhor quando você vai encher seu growler neles.

Nas minhas pesquisas cheguei ao inventor do growler que foi a Otto Brothers Brewery, no final do século XIX, lá do estado americano de Idaho. Hoje ela tem o nome de Wildlife Brewing. Em Nova Iorque, no começo do século XX, era comum ver meninos circulando com growlers que eram pedidos por seus pais para serem consumidos depois do trabalho.

A limpeza do frasco depende um pouco do que ele é feito, mas é a higiene básica para que você não tenha o gosto de sua cerveja alterado por proliferação de bolores e mofo. Alguns recomendam água e sabão, outros têm medo do uso do sabão porque o enxague pode não ser bem feito. Mas o que todos concordam é que a limpeza tem que ser feita imediatamente apos o consumo. Com bastante água corrente como também devem ser lavados os copos que usamos para beber cerveja.

A dica para encher o growler é evitar a espuma que faz perder o gás e você pagar pelo que não está levando. Existe um acessório, uma espécie de caninho, que coloca a cerveja no fundo e vai preenchendo o growler desta maneira. Mas atenção e cuidado também podem ser praticados nesta hora. Por este motivo muitos preferem o growler de vidro.

Se você for enchê-lo logo pode conserva-lo, depois da boa lavada, cheio de água, mas se for guarda-lo é melhor que esteja seco. Tem gente que gosta de sanitizar com outros produtos e mesmo água quente, mas eu acho isso não necessário.

Nos Estados Unidos o preço de um growler varia de acordo com o que ele é feito. De nove dólares um de cerâmica a cinquenta dólares um de aço escovado. Aqui, como os growlers ainda são importados, acho os preços altos (por volta de noventa reais um de 2 litros), mas é objeto para uso duradouro, a não ser que tu sejas um aloprado que sai quebrando growler por ai. Veja os exemplos nas fotos e, se for prático para você, entre nessa também.

 

 

 

 

 

Blumenau: capital brasileira da cerveja

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Wals

texto e fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

Até este sábado, 12 de março, Blumenau é a capital da cerveja do Brasil. Reunindo festival, feira e concurso produtores e consumidores estão reunidos trocando experiências e mostrando sua paixão pela cerveja artesanal brasileira. O maior festival brasileiro mostrará números impressionantes: 222 cervejarias inscritas e 1469 rótulos. Foram distribuidas no Concurso 89 medalhas de bronze, 78 de pratas e 59 de ouro. Por enquanto, vamos listar algumas das novidades que algumas cervejarias apresentam ao público. A lista completa é enorme e foge um pouco ao interesse dos leitores deste blog.

Bodebrown (premiada este ano como a terceira cervejaria brasileira) - Dez lançamentos de cerveja marcam a participação da Bodebrown no  Festival Brasileiro da Cerveja em Blumenau, na Vila Germânica. No total, a cervejaria curitibana levará 17 criações assinadas pelo cervejeiro Samuel Cavalcanti. Entre os destaques, dois superlançamentos: a Ice-Double Perigosa e a Double Perigosa em versões Wood Aged, que são as cervejas envelhecidas em madeira com os maiores teores alcoólicos do Brasil nesta categoria. Além delas, ainda vão mais duas versões da Perigosa, emblemática cerveja da Bodebrown: Perigosa Ipa e Baby Ipa. “Está indo toda a família: Avó, mãe, filha e neta”, brinca Samuel Cavalcanti, fundador da cervejaria.

Ampolis - A cervejaria Ampolis, criada em homenagem ao saudoso humorista Mussum, participa pela primeira vez do Festival Brasileiro da Cerveja. No estande reservado para a cervejaria, será possível degustar rótulos já consagrados como a Biritis, uma Vienna Lager, de baixo fermentação, cor alaranjada, com aroma e amargor de lúpulo moderado, com teor alcoólico de 4,8%, e a Cacildis, uma Premium Lager dourada e refrescante, com teor alcoólico de 5%. O mais novo rótulo da marca, batizado de DiTriguis, uma witbier, cerveja de trigo estilo belga, elegante, com 4.8% de álcool e que leva raspas de laranja e pimenta-da-Jamaica na receita, também poderá ser apreciado.

Amazon Beer - Maior pioneira no cenário cervejeiro do Norte do país, a Amazon é referência quando o assunto são produções criativas de cervejas com aquele que a mais de brasilidade. O que se manteve em destaque em 2015 quando a cervejaria assinou a produção de duas cervejas que apresentaram ao país novos sabores amazônicos:

Cupulate - Estilo tradicional inglês com adição de Cupulate na maturação – chocolate amazônico obtido por meio da semente do cupuaçu (fruto da região) – e notas de café, chocolate ao leite, cacau e amêndoas. Receita colaborativa com as cervejarias Bodebrown e DeBora Bier, ambas de Curitiba/PR.

Erva Chama - Cerveja possui uma quantidade maior de malte e lúpulo, além de Erva Chama que é usada pelos indígenas pra atrair bons fluidos, apresenta característica cítrica e harmonizando perfeitamente bem com os lúpulos utilizados. A Imperial IPA apresenta cor alaranjada com creme denso de ótima formação.

Cevada Pura - Sediada em Piracicaba, leva sua linha completa de oito rótulos de cerveja, além dos chopps American IPA, Brown Ale Café&Cacau, Pilsen Lemondrop e Weizenbier. Em 2015, a Cevada Pura participou em quatro categorias, e teve todos os rótulos premiados: Irish Red Ale (ouro – melhor Irish Red Ale), Oatmeal Stout (ouro – melhor Oatmeal Stout), English IPA (prata em English India Pale Ale) e Lemondrop (prata, sendo a melhor American Style Pilsener, uma vez que não houve ouro na categoria).

“Para a Cevada Pura, o Festival Brasileiro de Cerveja é um dos mais conceituados eventos do ramo e é uma grande oportunidade de expor a marca para o público cervejeiro, estar em contato direto com o consumidor de cerveja artesanal do sul do país, e com todos aqueles que viajam para Blumenau todos os anos para um dos mais importantes festivais”, afirma Alexandre Moraes, sócio da marca.

Wäls - Para Blumenau, os mineiros resolveram levar seus experimentos do Tasting Room, um espaço dentro da cervejaria destinado a receitas exclusivas. São 23 experiencias diferentes, entre elas, a Alambique County, a Saison dÁlliance e a Hop Corn.

Júpiter - Veja as novidades da paulistana Júpiter para Blumenau:

- Júpiter Tânger (com infusão de chá Earl Grey) – Como se fosse um dry chá. As notas condimentados e cítricas da Tânger, com retrogosto de tangerina e aroma herbal de chá.
- Júpiter Super Talismã - base de Talismã IPA com muito mais madeira na maturação
- Júpiter SalApa de frutas - A mesma American Pale Ale da cervejaria que passa por um filtro infusor recheado de frutas cítricas.

Perro Libre - A cervejaria gaúcha leva à Blumenau 14 novos estilos de cerveja. Entre eles, Brett Alecrim Saison, Coconut Porter e 803 Black Rye IPA.

Landel - O ano começou com tudo para cervejaria que lança sua nova cerveja, a Landel Cafetina, uma English Brown Porter (5,5% ABV) com blend de grãos de café arábica da região campineira. Essa novidade já seria muito boa, mas ainda tem mais, ela será lançada em latinhas de 355ml. Junto com ela, a Landel Session IPA também será lançada no mesmo formato. O grande lançamento acontece justamente em Blumenau e logo após o evento elas começam a chegar nos pontos de venda em todo país.

 

 

 

 

 

 

 

 

A ~mágica~ do trabalho e da união: Tudo sobre a I Feira de Cerveja Artesanal de Ubatuba

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texto e fotos: Helô Vianna

edição: Cilmara Bedaque

Planejada com pouca antecedência, reunindo seis produtores locais que estavam praticamente se conhecendo e atraindo um público animadíssimo e muito maior que o esperado, a Primeira Feira da Cerveja Artesanal de Ubatuba – versão totalmente beta experimental – aconteceu na noite de 9 de dezembro de 2015. O evento mostrou que Ubatuba, cidade litorânea no extremo norte de São Paulo, além de suas 102 praias, a maior porcentagem de mata atlântica preservada do Brasil e uma das costas mais lindas do mundo, tem potencial para se destacar também no universo cervejeiro!

A chuva insistente não atrapalhou: foram mais de 150 litros de cerveja – parte engarrafados e parte na pressão – bebidos em menos de quatro horas pelas duzentas e poucas pessoas que passaram pelo Hostel Na Praia durante a festa que, além de muita cerveja, teve comida boa e música ao vivo de frente para o mar, na orla do bairro do Itaguá, região central de Ubatuba.

“Muita gente na hora de fechar a conta dizia e repetia que a festa tinha sido mágica!”, reportava um post do pessoal do hostel alguns dias depois do evento, ainda tentando descrever o que tinha acontecido ali, naquela noite. Só quem foi mesmo pode entender essa dificuldade de explicar…

Chamava a atenção o clima de cooperação e amizade entre os cervejeiros, a diversidade e integração do público (apreciadores de cerveja, velha guarda, jovens, proprietários de empreendimentos gastronômicos, curiosos, hóspedes gringos…), a qualidade dos produtos oferecidos, a espontaneidade e intensidade com que tudo se deu – e como deu certo!

A Feira e o movimento nas palavras dos cervejeiros
Todos os cervejeiros entrevistados mostraram-se genuinamente empolgados e alinhados em suas falas, expectativas e impressões sobre o evento e o movimento. “A ideia dos cervejeiros de Ubatuba é de um ajudar o outro pra todo mundo ter uma cerveja muito boa e a gente ser reconhecido por isso e crescer junto“, resumiu muito bem Caco Miyahara, da Biru Chan.
“Esse movimento pra mim é único. O que tem aqui hoje são pessoas que querem consumir cerveja de verdade, conhecer a galera que produz cerveja de verdade e sobretudo se envolver com aquilo que é da cidade, cerveja feita aqui, com produtos regionais, cerveja que a gente conhece a origem, conhece quem produz, conhece a essência da coisa”, Danilo Silva, da Brassaria Caiçara.
“Foi uma coisa meio que inesperada… O Pedro, dono do hostel, acabou conhecendo um e outro cervejeiro e resolveu unir a gente, entrou em contato com todo mundo, marcou uma data aqui, a gente veio, trocou uma ideia e resolveu fazer esse evento que pra mim tá sendo maior sucesso, fantástico mesmo, uma alegria, primeiro de muitos, com certeza.”, Ralph Casarsa, da Cervejaria Casarsa.
“O evento surgiu com o Pedro organizando e juntando a galera, a gente sabia uns dos outros assim de ouvir falar mas nunca tinha encontrado. Foi bem legal, começou a vender cerveja artesanal aqui no Na Praia Connection (evento cultural/musical/gastronômico que rola toda quarta à noite no Hostel Na Praia) e de repente todo mundo se encontrou, surgiu a ideia de um festival de cerveja, a ideia é que esse seja um piloto e que a coisa cresça, que aconteçam outros, de repente com brassagens coletivas e tal… Estamos bem animados!”, Leandro Ramalho, da Ubatubana
“Minha ideia há algum tempo era mesmo reunir uma galera da cerveja e fomentar essa cultura cervejeira por aqui… Foi uma surpresa descobrir seis cervejeiros de Ubatuba e conseguirmos tão rápido fazer esse evento que tá sendo um sucesso! Estamos só no início do movimento da cerveja artesanal de Ubatuba, a ideia maior é que um dia a gente consiga fazer um festival de cerveja artesanal aqui, com barraquinhas na orla, ocupar o espaço público, fazer brassagens abertas coletivas para as pessoas verem como funciona, como é feita a cerveja, mostrar os equipamentos, as matérias primas.”, Diego Bivão, da Velho Dante, deixando claro que essa parece ter sido mesmo uma grande pedra inaugural de um forte movimento cervejeiro que nasce e cresce rapidamente na cidade.

Conexões
Tudo começou no “Na Praia Connection”, recente ponto de encontro cultural e boêmio de uma turma boa de moradores da cidade nas noites de quarta-feira. Conversando aqui e ali, Pedro Gontijo e Cinthia Cristo, proprietários do hostel Na Praia e idealizadores dos eventos “Connection”, se surpreenderam ao descobrir que numa cidade pequena como Ubatuba (hoje com algo em torno de 80 mil habitantes) já havia ao menos meia dúzia de cervejeiros em plena atividade. Além de incluir cervejas artesanais locais no cardápio do bar do hostel, sentiram que podia surgir coisa boa dessa descoberta. Pedro reuniu os cervejeiros para uma conversa informal no hostel. Daí para a ideia da Feira foi um pulo! E o local, claro, virou, além de sede do evento, QG oficial das reuniões e confabulações da turma cervejeira da cidade e point dos apreciadores das cervejas artesanais ubatubenses.

Apresentando…
Cervejaria: Biru Chan
Cervejeiro: Caco Miyahara
Cerveja oferecida no evento: APA engarrafada 300ml. Biru Chan quer dizer “pequena cerveja” em japonês. Produzindo desde julho de 2015, por enquanto só trabalhando com APA mas desenvolvendo uma Irish Red Ale para lançar em breve.

Cervejaria: Brasseria Caiçara
Cervejeiro: Danilo Silva
Cerveja oferecida no evento: IPA na pressão. Com formação de sommelier e em produção técnica de cerveja, Danilo faz cervejas em Ubatuba desde 2012, com uma proposta de usar em suas receitas ingredientes locais da mata atlântica, como o urucum e o fruto da palmeira juçara (semelhante ao açaí da Amazônia).

Cervejaria: Casarsa
Cervejeiro: Ralph Casarsa
Cervejas oferecidas no evento: American IPA engarrafada 600ml e Irish Red Ale na pressão. Produzindo em Ubatuba desde o começo de 2015, a Casarsa começou como “brincadeira” de amigos e não parou mais. Trabalha com vários tipos de cerveja, inclusive sob encomenda.

Cervejaria: Muitas Canoas
Cervejeiro: Renato Lobão
Cerveja oferecida no evento: “Rua 23” – APA engarrafada 300ml. “Muitas Canoas” é o significado da palavra em tupi Ubatuba. Sempre variando e experimentando – inclusive nos rótulos, que são um destaque da cervejaria – Lobão produz em Itamambuca desde meados de 2014 e gosta de trabalhar com cervejas bem amargas, com bastante lúpulo aromático, sabor e perfume bem forte e característico.

Cervejaria: Ubatubana
Cervejeiro: Leandro Ramalho
Cerveja oferecida no evento: Weissbier engarrafada 500ml e na pressão. A Ubatubana produz na cidade desde 2013 e trabalha com vários tipos de cerveja: wit, weiss, IPA, american pale ale, pilsen…

Cervejaria: Velho Dante
Cervejeiro: Diego Bivão
Cerveja oferecida no evento: Black IPA na pressão. A Velho Dante surgiu em São Paulo, em 2012, inicialmente para consumo próprio. Hoje, crescida e naturalizada caiçara, com uma produção diversificada e constante, Bivão comemora porque já consegue viver da sua cerveja e já tem mais consumidores em Ubatuba do que em São Paulo.

Próximos capítulos…
Para quem participou desta Primeira Feira o que ficou foi uma enorme satisfação, muita expectativa e vontade de fazer acontecer de novo. E vai acontecer! A II Feira de Cerveja Artesanal de Ubatuba já tem data confirmada para rolar: na noite de 24 de fevereiro, novamente no Hostel Na Praia. O time e o evento aumentaram: o hostel tem novos sócios, as cervejarias locais agora são sete: a novidade é a Yperoig (quem provou aprovou) do recém cervejeiro João Corbisier, já muito conhecido na cidade pela sua incrível padaria artesanal Integrale. Juntas as sete micro cervejarias prometem pelo menos o dobro de litros de cerveja!

O Lupulinas seguirá acompanhando de perto e contando tudo por aqui!