Saúde aos Campeões \o/

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Mondial 2016

O segundo dia do Mondial de la Bière movimentou o Boulevard Olímpico, no Píer Mauá. O destaque ficou por conta do anúncio dos melhores rótulos de cerveja do ano eleitos pelo concurso MBeer Contest, totalizando 13 medalhas de ouro e uma de platina. Os vencedores foram escolhidos por um júri de peso, com nomes internacionais e brasileiros, através de degustação às cegas. A cerimônia contou com a presença do presidente da GL Events no Brasil, Arthur Repsold.

A cervejaria Backer levou a medalha de platina, com a Bravo, uma Imperial Porter.

As medalhas de ouro foram para as cervejas:

- Noi Cioccolato da Cervejaria Noi;

- Hopi da Cervejaria Mistura Clássica;

- Wals Niobium da Wals Cerveja Arte;

- Hazy da Cervejaria OverHop;

- Wals Cuvéé Carneiro da Wals Cerveja Arte;

- Pazion da Zalaz;

- DarkHop da Cervejaria OverHop;

- Cacau Wee da Bodebrown;

- #TBT cerveja colaborativa das Cervejarias 3 Cariocas e 2 Cabeças;

- Wals Dubbel da Wals Cervejaria Arte;

- India White Ale da Three Monkeys Beer;

- Canudos da O Motim;

- Cerveja Mafia New York da Cervejaria Serra Verde Imperial.

 

O júri foi composto pelos brasileiros Gabriel Di Martino (mestre cervejeiro), Daniel Martins (sommelier de cerveja), José Honorato (sommelier de cervejas), Pedro Barcellos Teixeira (sommelier de cervejas), Daniel Wolff (sommelier de cerveja) e Douglas Mendes Merlo (sommelier de cervejas), pelo canadense Alex Ganivet-Boileau (mestre cervejeiro), pelo americano Neill Acer (mestre cervejeiro), pelo italiano Simonmattia Riva (sommelier de cerveja) e pela francesa Élisabeth Pierre (cervejeira especialista independente).

O Mondial de La Bièrre segue até dia 16, domingo, levando verdadeiras multidões ao Pier Mauá, no Rio de Janeiro.

Lager: a favorita da galera

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Muita gente fica confusa quando o assunto é o tipo da cerveja que bebemos ou queremos beber. Básicamente as cervejas podem ser lagers ou ales. Vamos, neste post, falar só das lagers que são as cervejas mais consumidas do mundo. No Brasil, só pra dar idéia da popularidade, 99% das cervejas consumidas são do tipo lager (e industrializadas, já que o hábito de beber artesanais, embora cresca ano a ano, ainda não faz parte do dia a dia do brasileiro, por inumeros motivos que ainda abordaremos aqui no Lupulinas).

Basicamente, o que diferencia uma ale de uma lager é o processo de fermentação das cervejas. As ales passam por um processo de alta fermentação em temperatura ambiente. As lagers são menos fermentadas e o processo ocorre sob temperaturas frias. Graças a este processo de (baixa) fermentação, as cervejas estilo lager resultam geralmente mais límpidas e menos opacas. Quanto à coloração as lagers variam, de amarelo claro até completamente pretas e, em geral, são menos alcoólicas que as ales. Outra diferença entre os dois tipos é que a levedura é colocada acima do mosto nas ales e abaixo dele nas lagers.

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Outro ponto é que, graças sua leveza, as lagers pedem para ser bebidas refrigeradas, enquanto as ales devem ser servidas em temperatura ambiente. Obviamente essa observação é um tanto eurocêntrica. Aqui no Brasil, a verdade é que refrescamos as ales e gelamos as lagers porque o calor de verão assim exige. Tudo é adaptação.

Para melhor explicar os tipos e subtipos de cerveja lager, resolvemos emprestar esse infográfico bacaninha do livro “Brasil Beer – O guia das cervejas brasileiras“.

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Pois então, camaradas, temos lagers escuras (bocks e dunkels), douradas (vienna) e as claríssimas (dortmund e pilseners). Elas variam também na adição de lúpulos, com o amargor variando de 8 a 35 IBU (exceto as tchecas, mais lupuladas, que alcançam 45 IBU).

Talvez o mais conhecido subtipo de lager dos brasileiros seja a pilsener (também chamada de pilsen), bem clara, não muito amarga e levemente aromática. Ela deve seu nome a cidade de Pilsen, República Tcheca, onde foi criada em 1842 por um cervejeiro local, da região da Bohemia. Mas o que as indústrias no Brasil afirmam ser pilsen soaria como insulto entre os tchecos. A mistura de milho descaracteriza totalmente a pilsen brasileira industrial.

Nós, Lupulinas, gostamos especialmente das tchecas. Fomos até Praga em busca de suas famosas lagers. No Pivovarský Dům (literalmente, “Casa do Cervejeiro”), bar-cervejaria não muito longe do centro, experimentamos duas clássicas lagers tchecas: a clara e a escura (há também a opçao de misturar as duas). Bebidas assim, fresquíssimas, direto da torneira onde os caras fabricam a cerveja, é uma experiência única. A cervejaria não envasa, mas você pode levar um growler pra casa ou para o hotel (falaremos mais de Praga em outro post).

Outra famosa e deliciosa cerveja que provamos em Praga foi a lager do U Fleku, bar-cervejaria perto do Teatro Nacional. A U Fleků Flekovský Tmavý Ležák 13° (sim, é este o nome da cerveja) é bem escura, límpida, redondíssima, leve e só encontrada em suas torneiras (eles não engarrafam).

A verdade é que há um mundo de lagers a ser explorado e para isso selecionamos algumas artesanais brasileiras para a galera:

LAGERS ARTESANAIS BRASILEIRAS (tipo e estado em que são porduzidas)

Biritis – Vienna Lager – RJ
Way Premium Lager – Premium American Lager – PR
Way Beer Amburana Lager – maturada em barril de amburana – PR
Schornstein Pilsen – American Lager – SP
Backer Capitão Senra – Amber Lager – MG
Baden Baden Crystal – American Lager – SP
Bamberg Camila Camila – Bohemian Pilsen – SP
Colorado Cauim Pilsen – Pilsener com féculas de mandioca – SP
Coruja Extra Viva – Lager Premium – RS
Jan Kubis – Amber Lager – PR
Eisenbahn Pilsen – Lager – SC
Eisenbahn 5 – Amber Lager com dry hopping – SC
Falke Bier Red Baron – Vienna Lager – MG
Invicta – German Pilsener – SP
Mistura Clássica Mary Help – Vienna – RJ
Morada Double –  Vienna – PR
WÄLS Pilsen – Pilsen Bohemia – MG
WÄLS X-Wals – American Lager – MG