Brassagem da Magrela na Cervejaria Nacional

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Magrela da Nacional

texto e fotos: Cilmara Bedaque e divulgação

Se você tem curiosidade em acompanhar o processo de fabricação de uma cerveja artesanal, a boa é, neste domingo, dia 3 de abril, dar uma chegada na Cervejaria Nacional, no bairro paulistano de Pinheiros. Duas curiosidades acontecerão neste dia. Além de acompanhar o processo de brassagem de uma cerveja, quem for afim conhecerá também um estilo pouco conhecido de cerveja: o Gruitbeer.

O que é uma Gruitbeer? Se hoje em dia parece estranho uma cerveja sem adição de lúpulo, durante o século VIII a utilização dessa mistura de ervas, chamada gruit, era muito comum em praticamente toda a Europa. Em determinadas regiões, os bispos possuíam o gruitrecht, direito de fornecer o gruit – um monopólio lucrativo e um segredo guardado a sete chaves. Pode ser comparado na culinária àquele amarradinho de ervas que algumas receitas levam, o bouquet garni. Com o tempo, o uso do lúpulo foi gradualmente adotado, por conta da dificuldade em estabelecer as proporções corretas dos ingredientes.

Para entender melhor esse processo, clientes e apaixonados por cerveja poderão acompanhar a brassagem da sazonal no dia 3 de abril (domingo), a partir das 13h. Trata-se de uma oportunidade única de acompanhar de perto a produção, colocando a mão na massa e tirando dúvidas com o mestre cervejeiro da casa, Guilherme Hoffmann. Para participar é necessário fazer inscrição pelo telefone: 3034-4318.

No dia 18 de abril, as torneiras da Cervejaria Nacional vão receber esta receita pronta com o nome de Magrela, uma Gruitbeer que portanto não leva lúpulo que é substituído por uma seleção de ervas, flores, folhas e raízes, como erva-doce, cravo, canela, pimenta-do-reino, coentro, louro, gengibre e noz-moscada, além de aveia, trigo, cevada crua, mel e açúcar mascavo. Toda essa mistura ajuda a preservar a cerveja, além de garantir muitos aromas e sabores, neutralizando o dulçor e perfumando a bebida.

A Magrela tem 0 IBU, por conta da ausência do lúpulo (ou seja amargor zero), 6,5% de teor alcoólico e uma cor dourada intensa. Serão produzidos 500 litros, que poderão ser degustados em copos de 320 ml (R$ 17) e 550 ml (R$ 25) nas torneiras na Cervejaria Nacional . Como já é tradição, na noite do lançamento, a colaborativa será servida em sistema double, das 17h às 0h.

Cervejaria Nacional
Endereço: Av. Pedroso de Morais, 604, Pinheiros
Telefone: 11 4305-9368
Telefone para reservas: 11 3034-4318
Horário de funcionamento: segunda a quarta-feira, das 17h a 0h, quinta a sábado, das 12h a 0h e domingos, das 13h às 21h

 

Vamos repensar a cerveja? Mais uma boa idéia dos cabeçudos da 2cabeças

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2cabeças e 3cariocas.Ttá faltando 1 carioca...

texto: Bernardo Couto & Cilmara Bedaque

fotos: peguei no blog da 2cabeças ;)

A Cervejaria 2cabeças já é conhecida pelos leitores deste blog pelas boas cervejas que faz e também pelo seu bom humor e atitude. Para provar o que falo, olha a idéia que Maíra Kimura e Bernardo Couto, cervejeiros da 2cabeças, tiveram: o Repense Cerveja! Hummm… Interessante… Mas o que é isso?

Há um mês a 2cabeças caiu na estrada durante duas semanas para testar novas receitas em parceria com vários amigos da região Sudeste. São cinco estilos diferentes, que serão lançados no Festival Repense Cerveja, que acontecerá no próximo dia 26 no Rio de Janeiro e dia 3 de Outubro em São Paulo.

A primeira cerveja produzida nessa caravana foi uma potente American Wheat Wine com a 3cariocas. Ela terá 10% de álcool e 83 IBUs, com maltes de cevada e trigo, e mais flocos de trigo. Ainda leva doses generosas de Columbus, Citra e Amarillo para aroma. Uma cerveja especial de trigo? Pela nossa legislação, não, pois ela tem mais de 25% de trigo, o que tira essa delícia da categoria especial. Então ela se chamará #SQN, aquela hashtag de ironia que significa “só que não”.

Depois os cervejeiros da 2cabeças foram rumo a Belo Horizonte. Em Contagem produziram a Gol da Alemanha, uma German IPA com 7,1% e 71 IBUs, com sete ingredientes alemães e água brasileira. Os lúpulos Smaradg e Mandarina Bavária dominam o aroma da cerveja, adicionados na fervura e no dry hopping. Desnecessária qualquer explicação sobre as quantias usadas. Pura coincidência essas repetições de 7 e 1 /o\

Dois dias depois, era hora de produzir com a Capa Preta e a Koala San Brew, ambas de Nova Lima, ainda em Minas Gerais. A cerveja escolhida foi uma Sour Ale com Mirtilo. Com 6% de álcool, ela foi produzida com fermento saison e lactobacilos, trazendo acidez e complexidade para a cerveja.

Dali, os cervejeiros pegaram a estrada rumo a São Paulo. Na Cervejaria Nacional, surgiu uma California Common defumada. O estilo híbrido é feito com fermento lager, mas em temperatura de fermentação mais alta, típica de uma ale. Nos maltes, foram usados pilsen, caramelo e 15% defumado, dando um toque diferente para esta cerveja. O lúpulo Nothern Brewer completa a lista de ingredientes desta cerveja que terá 4,8% de álcool e 38 IBUs.

A última parada foi em Penedo, Rio de Janeiro, para a produção de uma Brown Ale em parceria com a Penedon. Ela ficou com 6,1% de álcool e 35 IBUs. A coloração é marrom escuro, com maltes escolhidos para ressaltar aromas de nozes e chocolate ao leite.

Agora, todas essas cervejas estão em fase de maturação e vão estrear nos Festivais Repense Cerveja. No Rio, no próximo dia 26, o evento acontece na Casa da Glória, com ingressos disponíveis na Bilheteria Digital, no segundo e último lote a R$ 135,00. Em SP, no dia 3 de outubro, o festival acontece dentro do Butantan Food Park, com entrada franca. Além das cervejas, barracas de comidinhas e a nova linha de camisetas dos cabeçudos.

Casa da Glória – Ladeira da Glória, 98, Glória.
Dia: 26 de setembro
Horário: 14h às 20h
Ingressos: Bilheteria Digital

Butantan Food Park: Rua Agostinho Cantu, 47 – Butantã
Dia: 3 de outubro
Horário: 11h às 22h
Além das cinco colaborativas inéditas estarão por lá as convidadas 3Cariocas, Capa Preta, Koala San Brew, Penedon, Aeon e Cervejaria Nacional.
As cervejas serão pagas em suas barracas.

E a 2cabeças ainda avisa que todo o festival será documentado em tempo real no site 2cabecas , Instagram e Feice . Prometem também entrar ao vivo no Periscope da 2cabeças. A largada vai ser dada no Twitter

Se quiserem ler um diário da produção das colaborativas acessem o blog da 2cabeças

Se joguem!

P.S.: lista das cervejas do Repense Cerveja
- Gol da Alemanha (Aeon Cervejaria + 2cabeças)
- Fogo de Palha (Cervejaria Nacional + 2cabeças)
- Debrownismo (Penedon + 2cabeças)
- #SQN (3cariocas + 2cabeças)
- Lactobluicilos (Koala San Brew + Capa Preta + 2cabeças)
- Capa Preta ESB
- Koala San Brew Bad MotorFinger (Imperial porter envelhecida em carvalho)
- 3cariocas Session IPA Nema
- 3cariocas Saison du Leblon
- Mula (American IPA)
- Mangifera IPA – Penedon Helles
- Penedon Bauréti
- Penedon Serra da Índia – Maracujipa
- Hi5
- Rio de Colônia
- Funk IPA

Comidas Confirmadas (RJ)
- Du Jour
- Project Burger
- DoBacon
- Big Head

CERVEJARIA NACIONAL: onde você vê ser feito o que vai beber

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Fomos visitar a Cervejaria Nacional depois de ficarmos bem impressionadas com a Mula que experimentamos no IPA Day 2013 em Ribeirão Preto. Sim. Mula é o nome da IPA – Indian Pale Ale – um dos cinco estilos de cerveja fabricados pela CN, todos homenageando um personagem do folclore brasileiro.

A Cervejaria Nacional nasceu em 2006 e, desde 2011, está instalada em Pinheiros num espaço confortável, sem firulas, mas cheio de boas idéias. No primeiro andar, está instalada a fábrica com seus tanques e aromas onde são produzidos cinco mil litros de cerveja por mês. No segundo andar, onde você pode ver a fábrica através de vidros, um balcão, mesas e um palco bem esperto para bandas de rock, blues e jazz que se apresentam depois das nove da noite. No terceiro andar, a cozinha do restaurante e um enorme salão que abriga grupos maiores e também quem queira um ambiente longe do agito.

Mas o grande atrativo realmente é você ver todo o processo de fabricação do que vai beber, ali, logo atrás do vidro. Todas as cervejas (servidas como chopp) foram criadas pelo sócio e mestre-cervejeiro Luis Fabiani e são produzidas ali mesmo por Guilherme Hoffman. E você pode acompanhar o processo desde a moagem do malte até a filtragem e fervura do mosto, passando pela adição do lúpulo, fermentação e maturação da mistura.

Para os apreciadores o cheiro do mosto que invade a casa no primeiro andar é melhor que um Chanel 5 ou um campo de lavanda.

Os cinco estilos fabricados pela Cervejaria Nacional são:

- Y-îara Pilsen que, como o nome indica, é uma seguidora do estilo tcheco, com leve amargor e boa presença de lúpulo.

- Kurupira Ale, uma Brown Ale amendoada e menos seca que as inglesas de mesmo estilo.

- Domina Weiss, feita de trigo e fiel ao estilo alemão, não filtrada, com um sabor cítrico bem refrescante e ideal para nosso verão. A espuma consistente se agarra ao copo e, embora seja bem alcoólica, não sentimos no paladar.

- Sa´si Stout, encorpada, feita com malte torrado e com bom equilíbrio entre este e o amargor do lúpulo.

- Mula IPA, carro-chefe da casa e já vendida em garrafas que você pode levar pra casa \o/. Em nossa opinião, uma das melhores produzidas aqui no Brasil. Mas preste atenção que, embora não sintamos no paladar, a graduação alcoólica é de 7,5%.

Todas são preparadas sem conservantes, antioxidantes, estabilizadores e enzimas usados nas grandes cervejarias. São servidas em copos de 320 ml e 550 ml, com preços variando entre R$10,00 e R$17,00. A boa é chegar na happy hour – entre 17h e 20h – onde você bebe duas pelo preço de uma, gastando o mesmo que gasta em uma ampola (de milho, hahaha) no boteco. Ah! E se você quiser experimentar estes cinco tipos sem ficar totalmente trelelê, a CN tem um simpático sampler com copinhos de 120 ml a um custo de R$25,00.

Além destes estilos, a CN oferece também algumas sazonais feitas também em sua fábrica, um belo cardápio de importadas em garrafas, outras convidadas de outras cervejarias servidas também como chopp e, para agradar a outros grupos, caipirinhas, coquetéis e destilados.

Mas beber sem comer não dá em boa coisa e, seguindo a criatividade das bebidas, a cozinha é responsabilidade do chef Alexandre Cymes que pensou em pratos que somassem quando apreciados junto às cervejas da casa. Algumas receitas inclusive usam as cervejas em sua preparação. E dá-lhe, como aperitivo, Costelinha com molho barbecue de Kurupira Ale; Pão de bagaço de malte com manteiga de cerveja e molho picante de ervas, Croquete de Carne bem sequinho, um delicioso Caldinho de Feijão e muitas outras boas invenções. Se quiser comer mais profissionalmente, pratos como Fish and chips, com o peixe empanado na Domina Weiss acompanhado de fritas, aïoli e saladinha de rúcula; Risoto de Costelinha e muitas opções de carnes, peixes e aves. Pra não deixar ninguém em jejum, saladas e sanduíches completam o cardápio.

Com um site informativo e bonito, qualquer dúvida pode ser desfeita e mais a programação e novidades no
http://www.cervejarianacional.com.br/

PS: a Cervejaria Nacional acaba de inaugurar um serviço muito comum nas fábricas lá da gringa. A venda de um growler – garrafão de 2 litros – que você compra uma vez e depois pode ficar levando pra casa o estilo de cerveja que quiser. Caprichado, revestido de cerâmica e com uma bela tampa contra vazamentos, o garrafão sai por R$70,00 e qualquer estilo de cerveja da CN, R$21,00 o litro.

Cervejaria Nacional
Av. Pedroso de Morais, 604 – Pinheiros – São Paulo
Telefone: 11 4305-9368
Telefone para reservas: 11 3628-5000
Horário de funcionamento: 2ª a 4ª das 17h00 às 24h; 5ª das 17h00 à 01h30; 6ª e Sábado das 12h00 à 01h30 e feriados a partir das 12h.