O Mondial de la Bière é sucesso no Rio de Janeiro

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A mudança de última hora do local do Mondial de la Bière Rio não atrapalhou o evento. A super-lona climatizada armada no Terreirão do Samba, vizinho ao Sambódromo, funcionou bem e deu um ar mais carioca ao festival. Amantes de cerveja, produtores, importadores, comerciantes de insumos, todos estavam ali reunidos para experimentar ótimas cervejas artesanais.

À porta, junto com seu ingresso, você recebe um copo de 200 ml para degustação. Logo na entrada, e também  na outra extremidade do salão, guichês com 4 cabines cada vendem tickets (mini dinheirinhos de 1 e 2 reais) para pagar as doses de cervejas, que variam entre 5 e 8 reais. Nos guichês aceita-se dinheiro ou cartão, mas se você quiser mais agilidade, leve dinheiro porque as filas para pagamento em cash são menores. Todas as doses de degustação são pagas com esses tickets. Outros itens como camisetas, kits de cervejas, copos e garrafas avulsas para viagem são pagos diretamente nos estandes dos fabricantes.

Chegamos cedo para poder observar e caminhar com tranquilidade sob a enorme tenda. Em duas horas, o evento já estava cheio, com filas nos guichês. Por isso a dica é comprar logo no início todos os tickets que você achar necessário e ir bem alimentado. Apesar de ótimos estandes de comidas como o do Aconchego Carioca, Bar do Adão e Adega do Pimenta, eles ficam lotados e com enormes filas depois que o pessoal já bebeu umas e quer comer.

Já os estandes de cerveja funcionam com agilidade, sem grandes filas. O pessoal das cervejarias é atencioso e bem humorado, explicando pra galera seus diferentes tipos de cerveja, lançamentos, processos de feitura e etc. Conversas sobre a alta tributação que incide nas cervejas artesanais foi assunto de cervejeiros em vários estandes. Ainda vamos baratear essas delícias.

Eram mais de 300 rótulos de cervejas e por isso nós, Lupulinas, escolhemos provar os lançamentos brasileiros no Mondial. Alguns destaques:

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X-Session IPA – uma IPA da Ex-2Cabeças, na nossa opinião a melhor da cervejaria. Num original plano de marketing a 2cabeças jogou seu nome e seus rótulos fora durante este Mondial e promete tudo novo ainda este ano. Novos rótulos serão lançados e suas cervejas consagradas voltarão com nomes diferentes ao mercado. Os sócios Bernardo Couto e Maira Kimura dizem, com mistério e humor, que estão praticando a arte do desapego. Boas novas virão, temos certeza.

Noi Amara – uma Imperial IPA da niteroiense Noi, bem fácil de beber, com lúpulos cítricos americanos que garantem uma refrescância surpreendente. Seu 10.5% de teor alcóolico é totalmente disfarçado pelo equilibrio de sua receita. A Noi promete para ainda este ano mais dois tipos de cerveja na garrafa que vão se juntar aos sete tipos já presentes em seu portifólio.

Verum Session Rye Pale Ale – da Bodebrown, uma American Pale Ale de centeio surpreendente. Macia, lupulada na medida e com espuma cremosa é uma alternativa menos alcóolica que suas irmãzinhas.

1000 IBU – a Imperial IPA da Invicta superlupulada. Deliciosa, o hiper amargor é bem complexo: não é apenas amargor por amargor. Pode-se dizer que o mestre cervejeiro Rodrigo Silveira venceu um desafio, mas mesmo assim é uma cerveja para iniciados.

Colorado Titãs – no estande da Colorado, o destaque para a Vixnu, a Berthô e o lançamento da Titãs, uma English Brown Ale com cascas de laranja para realçar seu sabor cítrico.

Jeffrey – nos chamou atenção pela arte do rótulo. Uma witbier com raspas de limão siciliano adicionados na etapa da fervura. Refrescante e bem aromática (não confundir com cervejas misturadas com limão; as raspas usadas nessa cerveja deixam o sabor da fruta bem sutil).

Coruja Sempre Viva – neste caso a novidade ficA por conta de um filtro de lúpulo por onde passa a conhecida Sempre Viva. Do tipo American Lager ela é engarrafada sem filtragem e sem conservantes. É claro que o filtro, lembrando uma cuia com chimarrão, só poderia ser idéia de cervejeiro gaudério ;) *(atualização)

Com saldo positivo, pena que, sem wi-fi na super tenda e com um 3G comprometido pelas teles brasileiras, não conseguimos agitar as redes sociais, trocando informações lá dentro sobre o evento. Um ponto a ser melhorado na próxima vez.

O Mondial de la Bièrre vai até domingo (dia 17) e, segundo a curadora Cilene Saorin, veio para ficar. Ótimo: mais um evento para fortalecer a cultura cervejeira artesanal do nosso país.

 

* o Daniel Perez, q a gente encontrou lá no Mondial, nos corrige: “O nome da cerveja é Coruja Extra-Viva. Ela é uma Premium Lager, e o lúpulo usado no filtro foi o Cascade”. tks Daniel ;)

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